Só Chegar!
A Casa de Cultura Tainã convida para o lançamento do livro “Diálogos contemporâneos sobre homens negros e masculinidades”, organizado por Henrique Restier & Rolf Malungo de Souza.
Na ocasião será montada uma mesa composta pelos autores, Tago Elewa Dahoma e Douglas Araujo em conjunto com Fabrício Moraes e a mediação do Marciano Ventura .
O lançamento acontece no dia 14 de Setembro, sábado, às 16 horas. O evento é aberto a todos aqui na Casa de Cultura Tainã.
Sobre o Livro:
Prefácio: Deivison Mendes Faustino
Contracapa: Renato Noguera
Orelha do livro: Márcio André
Páginas: 232
Autores: Henrique Restier | Airan Albino | Caio Cesar | Tulio Custódio | Osmundo Pinho | Bruno Silva de Santana | Lucas Veiga | Tago Elewa Dahoma e Douglas Araújo.
(…) A proposta deste livro que em breve estará em suas mãos se insere na dinâmica entre relações raciais e gênero. O levantamento bibliográfico indica um amplo campo investigativo ainda a ser explorado sobre as masculinidades negras, suas construções e particularidades, sobretudo, no Brasil. Usualmente, as abordagens que relacionam as categorias de raça e gênero recaem sobre o feminino negro. Nada mais legítimo, uma vez que as interrogações sobre gênero, papéis sexuais e as desigualdades que daí advêm, tiveram seu marco teórico no Ocidente com o feminismo, que fomentou a desnaturalização dos gêneros e, portanto, sua historicidade e questionamento. Consequentemente, o objeto principal de suas maiores preocupações incide sobre a mulher branca, enquanto o feminismo negro e o mulherismo africana, na mulher negra, logo, os homens negros e brancos tendem a aparecer em segundo plano nesses arcabouços teóricos. Não obstante, os homens brancos de classe média geralmente são vistos como não possuíssem gênero, como se fossem a referência universal de ser humano, o que não acontece com os homens negros, gays, pobres etc. Esta é uma das razões sobre a necessidade de pesquisas que contemplem masculinidades, destacando marcadores sociais de diferença e seus aspectos relacionais.
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“Diálogos Contemporâneos sobre Homens Negros e Masculinidades” é, sem dúvida, uma grande contribuição ao debate, especialmente porque recusa os caminhos fáceis de enquadrar os homens negros, ou como vítimas indefesas do poder do homem branco – como se não tivessem escolhas a fazer e responsabilidades a prestar diante de seu coletivo –nem o monstro violador essencializado, criado pelas fantasias coloniais. É, sobretudo, um convite para que os homens negros tenham um espaço, não apenas para pensar sobre suas experiências particulares, mas também para reflexão sobre os custos nocivos de projetos de masculinidades que também interiorizaram. Encontramos aqui uma ginga muito interessante entre o negro tema e o negro vida. Um trabalho instigante e necessário em um momento como este, marcado por tantas polaridades empobrecidas.” – Deivison Mendes Faustino