Após uma noite de comidas deliciosas, batuques e gravações no estúdio da Casa de Cultura Tainã o dia amanhece com a promessa de muita troca de conhecimento e experiências sobre tecnologias livres e compartilhamento em rede.
Depois de pedir a Exu para abrir os caminhos e saudar Ogum pelo seu dia, começamos a formação intensiva sobre as Mucuas (servidores livres), e a galáxia dos baobás, o Baobáxia. Vincenzo e Fernão da Rede Mocambos ministram a oficina, que será dividida em duas partes, a teórica pela parte da manhã e a prática no período da tarde.
Cada Mucua representa uma comunidade, um território real e os conteúdos produzidos nele, e ela pode funcionar sem internet, criando um acervo local. Mas a partir do momento que se acessa a web, as Mucuas se sincronizam e o conteúdo dos territórios vai sendo compartilhado entre os nós da rede.
Para explicar o Baobáxia, Fernão fez uma comparação com a soberania alimentar, que só acontece de fato quando se conhecem as sementes plantadas, o solo, a água que molha as plantas e o processo como um todo. O mesmo se dá com os territórios digitais livres, é preciso ter soberania sobre os processos, entender o solo, aqui representado pela plataforma Baobáxia, e ter em mente as sementes que se quer plantar e os frutos que se quer colher, uma metáfora para o conteúdo que cada comunidade irá subir na rede de Mucuas.
A ideia da oficina é que todos os presentes possam dar ideias de como melhorar o Baobáxia e, juntos, possam desenvolver os códigos para implementar as sugestões na plataforma, sempre visando uma maior coletividade e um acesso mais fácil do usuário a todo esse conteúdo na rede.